Experiência como Assistente de turma no Curso de Especialização em EAD

O Curso de Especialização de Gestores à Distância foi oferecido ao Diretor Geral e Diretor Adjunto das escolas públicas, afim de “contribuir com o desenvolvimento profissional do professor gestor e com a melhoria na qualidade dos processos de organização e gestão da escola”, como afirma Tereza Neuma, responsável pelo Programa de Formação Continuada da Administração Central da SEE/AL.

            Foram selecionados 02 (dois) Assistentes de turma para acompanhar e monitorar os 40 (quarenta) cursistas inscritos. Eu e outra técnica fomos selecionadas para trabalhar no Polo 1- Maceió, durante 12 meses, com a carga horária de 400 (quatrocentas) horas. O curso era com aulas presenciais e a distância na plataforma Moodle, o ambiente virtual on-line de estudo e postagem das atividades.

            O curso era dividido em 03 (três) eixos:

      O Direito à Educação e a Função Social da Escola

      Políticas de Educação e a Gestão Democrática de Escola

      Projeto Político-Pedagógico e Práticas Democráticas na Gestão Escolar.

Em princípio foram selecionados os gestores das escolas com o IDEB mais baixo, ter licenciatura plena, ser efetivo, ter disponibilidade para o curso e compartilhar com a comunidade escolar e desenvolver e/ ou implementar o Projeto Político Pedagógico com a participação do colegiado da escola.

Na aula inaugural foram apresentados os professores tutores da Universidade Federal de Alagoas-UFAL, coordenadores da UNDIME, a coordenadora dos 10 Polos, distribuídos em todo estado e os assistentes de turma. Cada professor tutor falou sobre sua disciplina e a dinâmica das aulas.

A primeira aula foi no Laboratório de informática com a coordenadora da Sala Ambiente de Introdução ao Curso e ao Ambiente Moodle. Eram dois laboratórios para 40 participantes, porém só funcionavam alguns computadores, ficando dois e até três por máquina. Tudo era muito novo e estranho para os gestores escolares. A maioria olhava para as máquinas como se fossem os objetos mais estranhos que existiam naquele recinto. Após a professora explicar passo-a-passo como seriam o convívio deles com o computador na plataforma Moodle, como também, as atribuições das assistentes de turma, mesmo assim, o semblante deles era de espanto, expectativa e muito medo ou vergonha de dizer que não sabiam nem pegar no mouse. A coordenadora avisou que a partir daquele momento todo contato seria on-line, via Moodle, e através das assistentes.

Minha colega e eu sabíamos que estávamos com um grande desafio pela frente. Aquilo tudo era novo também para nós, nunca teríamos participado, nem tido contato com cursos à distância. Mas, como a coordenadora disse, a nossa função era sinequanon para o sucesso deles.

As aulas seguintes, dessa disciplina, foram conosco. Começamos primeiro criando o e-mail de cada cursista, para depois criar o perfil. Quem sabia, ensinava aos outros para não ficarem desassistidos. Ao longo do curso houve muita evasão nas aulas devido ao laboratório que não funcionava a contento. Mudamos de local por diversas vezes para não perder o ritmo das atividades. Muitas vezes teríamos que ligar para os cursistas lembrando as atividades, pois a comunicação via e-mail não adiantava, visto que, eles não sabiam abrir, não tinham internet e, ou computador, ou não se interessavam. Era uma maratona que fazíamos para conseguir que eles postassem as atividades em tempo hábil.

Apesar das dificuldades enfrentadas durante o curso foi um sucesso. Dos 40 cursistas, 27 conseguiram terminar. Uma das últimas disciplinas foi para criar um site da escola onde era gestor (a). No encerramento foi apresentado um Banner com o projeto desenvolvido na escola.

Essa foi minha primeira experiência em EAD.